Tarcísio e Guedes criticam ‘economistas do PT’ que… não são do PT
Ao Radar Econômico, Bernard Appy, acusado pelo bolsonarismo de trabalhar com o PT, disse que propostas "não têm nada a ver com a campanha do Lula"
Escrito por Bernard Appy, Carlos Ari Sundfeld, Francisco Gaetani, Marcelo Medeiros, Persio Arida e Sérgio Fausto, o documento ‘Contribuições para um Governo Democrático e Progressista’ virou uma espécie de alvo de membros da campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação ao programa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em aparente coordenação, o texto foi criticado na mesma quinta-feira, 27, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento com empresários e pelo candidato bolsonarista ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no debate da TV Globo travado com Fernando Haddad (PT).
Os aliados de primeira hora de Bolsonaro se referiram aos intelectuais por trás do documento como integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT), o que é uma simples inverdade, se tratando de um grupo de técnicos que não atuam na campanha do petista, tendo apenas declarado apoio à sua candidatura. Em entrevista ao Radar Econômico, Bernard Appy disse que o grupo de técnicos decidiu conjuntamente não comentar tais críticas a suas propostas econômicas. “Não tem nada a ver com a campanha do Lula. É uma iniciativa pessoal de um grupo de técnicos, sem qualquer vinculação partidária. Nem a campanha, nem o PT ou qualquer partido teve qualquer influência no documento”, diz o economista.