Saúde perde participação no mercado de M&As
O total de transações caiu, entre 2021 e 2023, de 115 para 66

As operações de fusões e aquisições no setor de saúde no Brasil vem caindo desde 2021, enquanto sua representatividade no total de transações perde espaço desde 2020, é o que aponta estudo realizado pela boutique de investimentos Unio Partners.
De acordo com o levantamento, o total de transações caiu, entre 2021 e 2023, de 115 para 66. Já o encolhimento de representatividade começou a ser sentido no ano anterior, caindo de 10,8% em 2020 para 6,1% no ano passado. Já este ano, entre janeiro e maio, são 18 transações, respondendo por 3,2% do mercado.
Os dados da Unio apontam ainda que a distribuição do setor de atuação das empresas “targets” não registrou mudanças expressivas, à exceção do ganho de representatividade do setor de tecnologia na saúde, que passou de 8% para 17%.
Quanto às teses, as transações com viés de ganho de escala caíram de 64% em 2020 para 39% em 2023, perdendo espaço para transações com viés de novos modelos de negócio. “Uma possível explicação para este movimento é a redução da participação de deals envolvendo compradores estratégicos e um aumento dos fundos de private equity no setor”, aponta o estudo, que envolveu operações com valor divulgado acima de 1 milhão de dólares.