‘Saída de bolsonaristas é livramento’, afirma diretor do União Brasil
Segundo Junior Bozzella, partido resultante da fusão entre PSL e Democratas nasce com a missão de defender reformas que não aconteceram com Bolsonaro
Engana-se quem pensa que o União Brasil, partido resultante da fusão entre o PSL e o Democratas, está aos prantos pela saída de parlamentares bolsonaristas. Segundo o deputado federal Junior Bozzella (PSL-SP), um dos vice-presidentes da nova sigla, o desligamento de deputados simpáticos ao presidente Jair Bolsonaro é um “livramento”. “A gente trabalhou para se livrar desse perfil de parlamentar. Precisamos reciclar ao máximo possível para termos um partido minimamente racional e coeso dentro da Câmara, coisa que a gente não teve nessa legislatura”, diz ele. Cerca de 30 deputados fiéis ao presidente da República tendem a mudar de sigla na próxima eleição.
Questionado sobre uma possível mudança na agenda econômica defendida pelo partido, tradicionalmente mais adepto a pautas liberais, Bozzella diz que a posição não deve ser alterada e que a ideia é lutar para formar uma base reformista no Congresso. “Temos tudo para eleger uma grande bancada. O que a gente quer é ter coesão no sentido de eleger parlamentares reformistas. Precisamos defender o avanço das reformas que não foram entregues pelo Jair Bolsonaro.”
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