Rolo compressor de Lira na reforma tributária faz bolsa despencar
VEJA Mercado: boas pagadoras de dividendos e companhias ligadas à recuperação doméstica desabam

VEJA Mercado | Fechamento | 2 de setembro.
Despencou. O rolo compressor do presidente da Câmara, Arthur Lira, para aprovar a reforma do imposto de renda não agradou o mercado. Nem uma taxação dos dividendos menor do que inicialmente previsto, que caiu de 20% para 15%, foi suficiente para acalmar os ânimos. As companhias que costumam pagar boas quantias em dividendos desabaram. Além disso, hoje foi dia de resultado da produção industrial. A queda da indústria maior do que a prevista pelo mercado e o PIB no egativo do segundo trimestre também mostram que o caminho não será fácil, e o mercado botou preço nas dificuldades. O Ibovespa fechou em queda de 2,28%, a 116.677 pontos. “Outro fator é o juro futuro de 2031 passando de 10%. Está cada vez menos atrativo investir na renda variável”, diz Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital.
Os bancos foram os maiores afetados pela reforma tributária. Santander, Itaú e Bradesco fecharam em quedas de 5,23%, 3,61% e 3,52%, respectivamente. As altas de quarta-feira no varejo foram revertidas no pregão de hoje. Via, Americanas e Magazine Luiza caíram 6,47%, 6,13% e 3,58%, respectivamente.