Risco no BC é independência financeira, não troca de comando, diz diretor
Em alguma medida, agenda de inovação depende de PEC da autonomia financeira
As trocas iminentes na diretoria do Banco Central, incluindo sua presidência, não ameaçam a agenda de inovação do órgão, segundo seu diretor de regulação, Otávio Damaso. “Não vejo risco algum nessa transição”, disse em evento da empresa de tecnologia TQI, nesta quinta-feira, 27. Para o membro da diretoria, que está no fim de seu mandato, o ponto de atenção é a independência financeira da autarquia, uma bandeira da atual gestão. “O grande risco que o BC tem na parte de inovação está concentrada na falta de independência financeira”. Segundo Damaso, o Banco Central já teve quase 7 mil funcionários e, atualmente, o número está mais próximo de 3 mil — consequência de um aperto no orçamento. A dificuldade para contratar pessoal por conta das finanças apertadas e da burocracia preocupa o diretor. Damaso reforça que o Banco Central está “batalhando” pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação que confere autonomia financeira à instituição.