Risco no BC é independência financeira, não troca de comando, diz diretor
Em alguma medida, agenda de inovação depende de PEC da autonomia financeira
![Otávio Damaso e Tony Volpon vão ocupar diretorias do Banco Central](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/05/economia-banco-central-20140115-002-original5.jpeg?quality=90&strip=info&w=1040&h=585&crop=1)
As trocas iminentes na diretoria do Banco Central, incluindo sua presidência, não ameaçam a agenda de inovação do órgão, segundo seu diretor de regulação, Otávio Damaso. “Não vejo risco algum nessa transição”, disse em evento da empresa de tecnologia TQI, nesta quinta-feira, 27. Para o membro da diretoria, que está no fim de seu mandato, o ponto de atenção é a independência financeira da autarquia, uma bandeira da atual gestão. “O grande risco que o BC tem na parte de inovação está concentrada na falta de independência financeira”. Segundo Damaso, o Banco Central já teve quase 7 mil funcionários e, atualmente, o número está mais próximo de 3 mil — consequência de um aperto no orçamento. A dificuldade para contratar pessoal por conta das finanças apertadas e da burocracia preocupa o diretor. Damaso reforça que o Banco Central está “batalhando” pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação que confere autonomia financeira à instituição.