Renúncia de CEO aprofunda crise da Americanas em meio à recuperação
VEJA Mercado: executivo afastado pede para sair e investidores avaliam que empresa está sem direção

A Americanas revelou aos seus acionistas que José Timotheo de Barros renunciou ao cargo de CEO da companhia. Timotheo de Barros era um dos comandantes da empresa, que possui mais de um CEO, mas foi afastado de suas funções em fevereiro em razão das investigações a respeito do rombo de quase 50 bilhões de reais que fora descoberto no início de janeiro. “A Americanas vem informar aos seus acionistas e ao mercado em geral que recebeu a renúncia do Chief Executive Officer (CEO) da companhia, Sr. José Timotheo de Barros, que estava
afastado de suas funções e atividades”, diz o comunicado.
A empresa segue sob a liderança de Leonardo Coelho Pereira, eleito depois do afastamento de outros diretores. De qualquer forma, o fato é considerado por alguns analistas como mais um revés para a companhia e volta a assombrar os investidores. “A renúncia, sem a informação sobre como ficarão as responsabilidades do executivo daqui para frente, traz ainda mais incertezas sobre a operacionalização do plano de recuperação judicial”, avalia a Genial Investimentos em material enviado a clientes. Por volta de 11h30, as ações da empresa recuavam 2%, cotadas a 1,02 real cada.
Após a publicação da matéria, a Americanas enviou uma nota ao Radar Econômico, reproduzida na íntegra.
“A Americanas esclarece que as suas operações seguem em total normalidade e que seu CEO, desde 15 de fevereiro, é o executivo Leonardo Coelho Pereira. Executivos citados pela reportagem da revista Veja foram afastados das atividades desde o dia 03 de fevereiro de 2023, como divulgado ao mercado em fato relevante.”
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