Reajuste negativo dos planos de saúde atinge em cheio o lucro da Hapvida
VEJA Mercado: instituições financeiras veem como negativos os últimos resultados da companhia antes da fusão com a Intermédica

A operadora de saúde Hapvida reportou os resultados do quarto trimestre de 2021 e decepcionou o mercado. O lucro de 200 milhões de reais no período, mais que o dobro em relação ao igual período de 2020, foi insuficiente para alguns analistas. O banco americano Goldman Sachs avalia que o reajuste negativo de 8,19% dos planos de saúde individuais em 2021 impactou a operação da companhia porque o índice de sinistralidade se manteve num patamar muito elevado. “Nós esperamos uma reação negativa do mercado, considerando as tendências operacionais mais fracas do que o esperado”, disseram os analistas da instituição. As despesas da Hapvida ficaram 20% acima das expectativas do banco.
Os resultados ainda não contam a fusão com a Intermédica, que será incorporada ao balanço no primeiro trimestre de 2022. Para o Credit Suisse, ambas ainda devem ter suas operações pressionadas pelo cenário macroeconômico. “Os resultados confirmam nossa hipótese de que, além de integrar as operações adquiridas, há pressões adicionais sobre folhas de pagamento e materiais, consistentes com o atual cenário macroeconômico”, escreveram os analistas. Às 14h58, as ações da Hapvida negociavam em queda de 5,26%.
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