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Que venha janeiro: mercado aposta em queda da Selic no início de 2026

Inflação lenta, dólar inquieto e consumo de fim de ano compõem o quebra-cabeça que vai definir o primeiro corte da Selic em 2026

Por Veruska Costa Donato Atualizado em 24 nov 2025, 15h49 - Publicado em 24 nov 2025, 15h30

O mercado entra nesta semana com os olhos grudados no IPCA-15 e no comportamento do dólar — dois fatores que hoje valem mais para a Selic do que qualquer discurso político. Os dados das duas primeiras semanas de novembro mostram inflação escorregando para baixo, ainda que a passos de formiga. Tanto que o próprio Focus trouxe nova redução na projeção: de 4,46% para 4,45% em 2025, já abaixo do teto da meta de 4,5%. Mas, como lembrou Alisson Correia, da Dom Investimentos, o ritmo “ainda é lento demais”, e o consumo típico de Black Friday e dezembro entra como risco adicional no radar. Por isso, o BC deve manter a Selic em 15% na reunião do Copom, em 9 e 10 de dezembro.

A turma que aposta no primeiro corte já em janeiro vem crescendo. Alisson está nesse grupo — acredita em um recuo inicial de 0,25 ponto logo no começo de 2026, desde que a inflação siga cedendo e não haja reversão repentina na curva. Marcelo Siqueira, da A7 Capital, vai na mesma linha: vê “chance concreta” de corte, desde que a inflação de serviços continue desacelerando e que a ata do Copom mostre espaço para flexibilização. Ambos reforçam que não há Selic sem câmbio — e é aí que a história complica. Fim de ano tem historicamente saída de recursos, remessas corporativas e fluxo offshore, o que empurra o dólar para cima.

E se o dólar subir demais, o espaço para cortar juros diminui. A moeda americana já dá sinais de inquietação e deve oscilar até dezembro. Alisson calcula que ela pode “beliscar R$ 5,45”, mas não vê cenário para disparada — graças ao carry trade, à taxa alta que ainda atrai recursos especulativos e ao fluxo positivo acumulado no ano. O recado final dos dois especialistas é simples: o corte em janeiro depende de uma combinação delicada entre inflação cedendo, dólar comportado e consumo doméstico sem surpresas. Qualquer solavanco — externo ou interno — pode empurrar o Copom para março.

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