O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão preventiva de Allan dos Santos e também que a Interpol incluísse o blogueiro na lista vermelha da Interpol, já que ele não está no Brasil. A unidade da Interpol no Brasil, conduzida pela Polícia Federal, informa que o comunicado à secretaria geral da Interpol já foi feito. Então por que Allan dos Santos ainda não entrou na lista vermelha, um mês e meio depois da decisão suprema? A própria secretaria geral da Interpol, que tem sede em Lyon na França, respondeu a pergunta feita pela coluna e informa que toda solicitação de notificação da lista vermelha é verificada por uma força-tarefa especializada, que revisa legalmente o pedido de inclusão do cidadão na lista de procurados e se cumpre as regras da Interpol. Basicamente, esta força-tarefa analisa se os pedidos têm algum caráter de perseguição política, racial ou religiosa.
“Esta revisão leva em consideração as informações disponíveis no momento da publicação, e um Edital só é publicado se estiver em conformidade com a Constituição da Organização, segundo a qual é estritamente proibido à Organização realizar qualquer intervenção ou atividade de caráter político, militar, religioso ou caráter racial”, informou a Interpol ao Radar Econômico. Esta força-tarefa não conta com brasileiros.