Pimenta, do PT: Bolsa Família fora do teto de forma permanente é crucial
Para membro da equipe de transição, o combate à fome deve ser premissa para se pensar a responsabilidade fiscal
Questionado pelo Radar Econômico, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), que também é membro do grupo que trata sobre a infraestrutura na transição de governo, elencou quais considera as questões mais urgentes a serem corrigidas no orçamento federal. A primeira, como sinalizado por representantes do governo eleito, é o Bolsa Família de 600 reais, com adicional de 150 reais por criança. Para o deputado, apenas esse ponto deveria ficar fora do teto de gastos, entretanto, torce para que seja algo permanente. “É preciso que o programa de transferência de renda seja uma política de Estado, não de governo. Também por isso não deve ficar fora do teto por apenas quatro anos, mas em definitivo”, diz.
Além do Bolsa Família, o deputado defendeu que o orçamento de outras áreas seja aumentado para o ano que vem, mas esses respeitariam a regra fiscal vigente. Para Pimenta, é imprescindível que os orçamentos da Saúde e da Educação sejam “recompostos” e que o investimento em infraestrutura, focando em habitação e obras paradas, seja aumentado. O deputado também comentou o receio de parte da sociedade sobre a responsabilidade fiscal do governo eleito. “A responsabilidade fiscal deve ser buscada, mas com a premissa de que ninguém pode passar fome no país”, diz.