Quanto custam dados e documentos no submundo da internet
Mercado que opera "debaixo dos panos" movimenta milhões vendendo de senhas a passaportes
A chamada dark web movimenta mais de 17 milhões de dólares anualmente, com grande diversidade de produtos contrabandeados em páginas do submundo da internet. É o que aponta um estudo da NordVPN, provedora de serviços de privacidade digital. Dentre o “catálogo” da dark web, podem ser comprados e-mails, senhas, contas em redes sociais, dados bancários e documentos pessoais, por exemplo — uma identidade da França custa 216 dólares. Os itens mais vendidos são documentos como carteira de motorista e passaporte, representando 43% do mercado. Dados financeiros vêm em seguida, com 39% do mercado, enquanto e-mails e senhas totalizam 6% das transações.
Quando o assunto são os valores de cada produto, os passaportes se destacam, podendo chegar a 3.800 dólares no caso do lituano, checo e eslovaco. Porém, o preço apresenta grandes variações conforme a nacionalidade, com o passaporte argentino custando apenas nove dólares, menos que dois Big Macs nos Estados Unidos. Valor semelhante é cobrado por números de telefone, dados de cartões e uma conta pirateada da Netflix, todos valendo dez dólares na dark web.
*Quer receber alerta da publicação das notas do Radar Econômico? Siga-nos pelo Twitter e acione o sininho.