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Os três vetores que levam à previsão de dólar a R$ 4,30 por economista

Balança comercial do petróleo seria o principal fator para superação de expectativa do mercado

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 09h43 - Publicado em 3 jan 2024, 15h45

Na última edição do Boletim Focus, publicado pelo Banco Central, analistas do mercado financeiro estimam que o dólar deve ganhar fôlego frente ao real em 2024, saltando de 4,86 reais — última cotação do ano passado — para 5 reais em cotação. O enfraquecimento da moeda brasileira, contudo, não é consenso e há quem acredite em cenários até opostos. Três fatores podem fazer a moeda americana ser cotada em cerca de 4,30 reais ao final deste ano, segundo o economista egresso do mercado financeiro André Perfeito. São eles: um superávit na balança comercial do país, especialmente a balança do petróleo; indicativos do exterior de que a economia brasileira vive um momento promissor e os eminentes cortes de juros nos Estados Unidos; e o crescimento do PIB brasileiro e, consequentemente, da arrecadação do governo federal. A previsão de 4,30 reais para cada dólar está em linha com o observado no país antes da pandemia.

O superávit da balança comercial do petróleo é considerado uma mudança estrutural na relação do Brasil com a economia mundial e o principal fator para a possível queda do dólar, segundo Perfeito. O fato da venda da commodity nacional desbancar as importações traz uma “entrada de dólares na veia” para o país, segundo o economista, valorizando o câmbio. “Após 70 anos de Petrobras, o negócio funcionou”, diz referenciando o momento da companhia como um mecanismo robusto de atração de dólares para o Brasil. A balança comercial total do país cresceu cerca de 60% em 2023, acima das expectativas do Focus. Ao mesmo tempo, 2024 deve ser marcado por cortes de juros nos Estados Unidos, de modo a aproximar a tornar a política monetária americana mais branda quando comparada à brasileira. O movimento desencoraja a fuga de investimentos (e dólares) do Brasil em direção aos EUA, pois a renda fixa dos norte-americanos será menos atrativa. Em paralelo, o economista argumenta que os juros brasileiros não devem cair tanto quanto o mercado estima, por conta do aumento da massa salarial observado ao longo do último ano, que acarreta numa resiliência da inflação.

Quanto à preocupação do mercado em relação ao equilíbrio fiscal do governo brasileiro, Perfeito considera que a Faria Lima exagera em sua preocupação, visto que agentes internacionais sinalizam confiança. A agência S&P elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB em dezembro, enquanto a curva de juros a longo prazo tem melhorado — o que seriam indicativos de que os rumos dos país, mesmo os fiscais, não seriam fonte de grande receio. Além disso, Perfeito aponta que o crescimento do PIB em 2024 vai, por consequência, elevar a arrecadação da União e facilitar o equilíbrio das contas. O economista prevê um crescimento de cerca de 2% em 2024, acima dos 1,52% estimados pelo Focus. “O Brasil pode crescer mais do que o esperado porque a base de comparação é baixíssima”, diz. O economista argumenta que o país não está decolando, mas o histórico recente, de 2014 até os dias de hoje, é ruim ao ponto de não ser difícil superá-lo.

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