Os tentáculos da diretoria financeira da Previ
Indicação de Cláudio Gonçalves para o conselho da Vibra, costurada com Sérgio Rial, reforça um jogo de influência que atravessa a Previ e a BB Seguridade

O diretor financeiro da Previ, Cláudio Gonçalves, não esconde sua devoção a Sérgio Rial – e essa lealdade já tem custado caro ao fundo de pensão. Rial, que ocupa uma cadeira no conselho da Vibra, foi o responsável por indicar Gonçalves para uma posição na empresa, conquistada em abril de 2024. O alinhamento entre os dois não é apenas institucional, mas estratégico: a Previ realizou uma operação long & short desfavorável, trocando Ambev por Vibra, o que resultou em um prejuízo milionário para os participantes do fundo.
A influência de Gonçalves também se espalha para a BB Seguridade, onde ele emplacou André Haui – seu antigo parceiro nos tempos de BB Miami. Haui, por sua vez, tem seu próprio homem de confiança: Nilton Strazzi, da Latam Access, que vem sendo apresentado como o verdadeiro “dono da caneta”. Juntos, o grupo atua com o ex-ministro e deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB) e tenta blindar seu controle sobre a seguradora, inclusive tentando antecipar a renovação do acordo com a espanhola Mapfre.
O jogo de poder não tem passado despercebido. A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, já teria deixado claro seu desprezo pelo grupo e sua interferência na BB Seguridade. Mas enquanto as peças se movimentam, a conta segue caindo no colo da Previ – e, consequentemente, de seus participantes.