O Rioprevidência, fundo que gere os recursos que pagam aposentadorias e pensões de mais de 235 mil servidores públicos do estado do Rio de Janeiro, investiu cerca de 1 bilhão de reais entre maio e junho em aplicações do Banco Master. Isso significa dizer que os aportes foram feitos após ser deflagrada a crise da instituição financeira.

Em maio, o Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ) já havia alertado “graves irregularidades” aos gestores do fundo. Apesar do aviso, os aportes seguiram.

Para a conselheira Mariana Montebello Willeman, relatora do caso, o Rioprevidência assumiu o risco mesmo diante de um ambiente externo que recomendava “máxima cautela”. “Nós sabemos que esse Banco Master se encontra numa situação extremamente duvidosa e é farto o noticiário que dá conta de que este banco oferecia taxas de investimento que são impossíveis de serem aplicadas no mercado”, disse. Segundo Willeman, tudo indicava que o banco se encontrava “numa situação falimentar e que certamente não poderia honrar com os compromissos que vinha assumindo naquela oportunidade”.

O Banco Master e o Rioprevidência foram procurados, mas não se manifestaram. O espaço segue aberto.

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