O rombo que promessas de Lula e Bolsonaro podem criar preocupa o mercado
VEJA Mercado: promessas em torno do Auxílio Brasil sem base fiscal aparente acende o alerta dos economistas

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) já estão em busca de votos para o segundo turno, mas suas promessas eleitorais acendem o alerta do mercado financeiro. Ambos prometem um Auxílio Brasil de 600 reais, enquanto o Orçamento prevê um benefício de 400 reais, fato que, sozinho, deve criar um rombo de 52 bilhões de reais. Além disso, Lula ainda promete um adicional de 150 reais para cada criança e Bolsonaro fala em 13° do benefício para as mulheres. “Vale pontuar que as promessas não se tratam de excepcionalidades e constariam no orçamento, até onde pode se depreender dos discursos de maneira perene”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa. “Como a redução de despesas parece pouco provável, dado o engessamento do orçamento, a maior probabilidade é de que haja um contorno fiscal ao arcabouço, novamente”, finaliza.
Nos mercados, as bolsas asiáticas fecharam no positivo, enquanto as europeias e os futuros americanos negociam em baixa na manhã desta quarta-feira, 5, à medida que o otimismo em torno de altas de juros mais amenas pelos bancos centrais diminui. Além disso, está no radar dos investidores uma reunião da Opep que pode impactar a produção global de petróleo e mexer nos preços.
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