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Radar Econômico

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O risco de colapso da economia com a guerra comercial entre EUA e China

Dano já causado à estabilidade econômica global é significativo

Por Pedro Gil Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 abr 2025, 12h13

A escalada sem precedentes na guerra comercial entre Estados Unidos e China ameaça romper uma das principais artérias do comércio internacional. Após o anúncio de tarifas unilaterais por parte do governo Trump, ambas as potências impuseram tarifas adicionais de até 125% sobre importações mútuas, tornando o comércio bilateral economicamente inviável.

A análise é da Coface, consultoria global especializada em risco-país e seguro de crédito, que vê aumento expressivo no risco de recessão tanto para os EUA quanto para a economia mundial. A previsão de crescimento do PIB americano em 2025 é de apenas 0,5%, enquanto a chinesa deve atingir 4,3%.

Entre os setores mais afetados pelas novas tarifas estão os produtos agrícolas dos EUA, como a soja, e itens manufaturados chineses de consumo intensivo em mão de obra, como móveis e brinquedos. Bens de alto valor, como semicondutores, circuitos integrados e aeronaves, também entraram na lista de retaliações.

A Coface alerta para dois cenários preocupantes. No caso americano, além do impacto inflacionário e da desaceleração do consumo, existe o risco de uma crise de balanço de pagamentos caso investidores percam a confiança na estabilidade institucional do país. Desde o anúncio das medidas em 2 de abril, o dólar perdeu valor frente ao euro e os índices acionários americanos acumulam perdas.

Na China, o choque comercial deve ser parcialmente absorvido por estímulos internos. A força do mercado doméstico – que responde por mais de 80% da receita das indústrias – confere maior resiliência, mas o ambiente de incerteza global pode reduzir o efeito de políticas monetárias e fiscais já em curso.

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O estudo também destaca os efeitos colaterais sobre terceiros países. A reorientação de rotas comerciais via Ásia e Europa poderá sofrer restrições se aliados dos EUA forem pressionados a adotar medidas similares. A China, por sua vez, busca reforçar laços com economias mais abertas e multilaterais, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia.

Embora a possibilidade de um acordo de desescalada não esteja descartada, a Coface aponta que o dano já causado à estabilidade econômica global é significativo e que a imprevisibilidade do atual cenário reduz a margem para otimismo no curto prazo.

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