O recado do presidente da Sabesp sobre privatização após crise da Enel
VEJA Mercado: André Salcedo afirma que questionamentos são naturais após queda de energia e que modelo de regulação é essencial para o pós-desestatização
André Salcedo, presidente da Sabesp, enxerga como naturais os questionamentos sobre a privatização da estatal de água e esgoto de São Paulo depois da crise de energia que atingiu o estado de São Paulo. A italiana Enel, responsável pela distribuição de energia de 14 milhões de clientes no estado, foi duramente criticada pela população em razão da demora pelo restabelecimento da energia elétrica após fortes chuvas em SP. Salcedo entende que o modelo de regulação é o ponto-chave para a privatização da Sabesp e para afastar os temores de uma piora na qualidade dos serviços.
“É natural haver esse tipo de questionamento após esse evento que impactou a todos nós, inclusive a Sabesp. O que há no contexto do debate da regulação é: quais são os melhores modelos de regulação aplicáveis ao nosso caso. […] A minha percepção é que o processo irá andar depois que esses esclarecimentos acontecerem”, afirmou em teleconferência de resultados trimestrais com analistas de mercado. Salcedo comentou que as crises hídricas historicamente enfrentadas por São Paulo são provas de que a regulação já comporta esse tipo de esforço. A Sabesp pretende finalizar seu processo de privatização até o final de 2024.