O que pensa Gustavo Franco sobre a nova economia de dados pessoais
Ex-presidente do Banco Central propõe regulação em escala global e faz analogia com bancos
O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco defende que o uso econômico de dados pessoais precisa ser supervisionado para além das fronteiras de países. O economista cita a realização de um acordo entre governos de diferentes nações para avançar nesse sentido, fazendo uma analogia com o que já ocorre no sistema bancário mundial. Franco lembra que, com o fim do padrão dólar-ouro, nos anos 1970, foi criado o Comitê da Basileia, uma organização supranacional para fortalecer as finanças globais e a integração entre bancos centrais, e que se reúne anualmente.
Franco também considera importante que os cidadãos, enquanto agentes econômicos, possam negociar a propriedade de seus dados pessoais por meio de corretores especializados, como ocorre com outros ativos no mercado. “Bancos às vezes pagam por depósitos, às vezes não. Já em relação aos dados, ou eles são compartilhados de graça ou em troca por serviços. Então por que não pagar pelos dados importantes?”, disse durante o evento DrumWave Day, da empresa homônima, em Palo Alto, na Califórnia, na última sexta-feira, 3.