O que está por trás dos números da MRV que fazem ação derreter 11%
VEJA Mercado: prévia operacional da companhia decepciona analistas
A MRV apresentou ao mercado a prévia operacional de seus resultados do terceiro trimestre de 2022 e os números decepcionaram bastante os investidores. Por volta de 11h, os papéis da companhia eram negociados em forte baixa de 11% na bolsa de valores. Entre os números que caíram como uma bomba no mercado, a queda de 27,3% nas vendas líquidas na base anual, para a marca de 1,4 bilhão de reais, e o recuo de 13,6% nos novos lançamentos, para 1,8 bilhão de reais.
Além disso, a queima de 1,2 bilhão de reais do caixa da companhia no período também surpreendeu negativamente o mercado, sendo que 942 milhões de reais são referentes a dívidas de projetos da Resia, subsidiária da MRV nos Estados Unidos. A explicação é que a Resia não teve lançamentos e tampouco vendas no terceiro trimestre do ano, mas o cenário deve ser outro para o quarto trimestre. “A companhia antecipou que deve ser feita a venda de um empreendimento da Resia no 4T22, que irá impactar positivamente na geração de caixa”, escrevem os analistas da Genial.
O destaque positivo da prévia operacional ficou por conta do aumento nos preços dos imóveis e, por consequência, das margens da MRV no terceiro trimestre. O preço médio por unidade foi de 198 mil reais no período, uma alta de 15,4% em relação ao mesmo período de 2021. “A MRV apresentou dados fracos impactados por uma significativa queima de caixa nas operações, seguido por lançamentos moderados e desempenho fraco de vendas líquidas. Do lado positivo, a empresa manteve a tendência de alta do preço médio por unidade vendida nas operações brasileiras, em linha com a estratégia da empresa de recuperação de margens”, avalia a XP. No acumulado do ano, os papéis a companhia acumulam recuo de 18%.
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