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O poder da palavra de Lula experimentado pelo mercado

Em semana de grande turbulência, destacaram-se falas mal recebidas do presidente eleito, resultados do Bradesco e o alívio chinês

Por Felipe Erlich Atualizado em 13 nov 2022, 17h06 - Publicado em 12 nov 2022, 10h14

Veja Mercado | Fechamento da semana | 7/11 a 11/11

A última semana presenteou o mercado com fortes turbulências, vindas especialmente do campo político. Em meio ao processo de transição do governo de Jair Bolsonaro para o de Luiz Inácio Lula da Silva, a ausência de certas sinalizações, como a nomeação de ministros e detalhes sobre mudanças na regra do teto de gastos, além da presença de falas negativas para o mercado têm tumultuado a vida dos investidores. O destaque ficou para uma declaração do presidente eleito na quinta-feira, 10, quando negligenciou a importância do equilíbrio fiscal frente a gastos sociais e criticou a política de distribuição de dividendos da Petrobras. Já incomodado com indefinições no campo econômico, o mercado recebeu pessimamente as declarações, fato traduzido em queda de 4% do Ibovespa no dia. Assim, ganha força a análise de que o mercado deve seguir indisposto com Lula ao menos até anúncios concretos, como o nome de um ministro da Fazenda.

Fora do campo político, os últimos dias foram marcados pela temporada de divulgação de balanços no setor privado. O que mais repercutiu foi o divulgado pelo Bradesco, que contribuiu para que os papéis do banco derretessem mais de 20% na semana. A maior vilã da vez foi a inadimplência, que subiu para quase 4%, o maior nível desde 2018. Já o lucro do banco registrou queda de 26% na base anual, ficando em 5,2 bilhões de reais. Apenas no dia da divulgação, a companhia perdeu cerca de 31 bilhões de reais em valor de mercado, com queda de 17,38% nas ações, configurando o pior pregão para o Bradesco desde 1998.

Outro fato que merece uma retrospectiva é a última divulgação do Índice de Preços do Consumidor Amplo (IPCA) na última quarta-feira, que demonstrou alta de 0,59% contra um consenso de mercado de 0,48%. Mesmo com tantos motivos para pessimismo, nem tudo foi motivo de angústia para a bolsa nos últimos dias. O Ibovespa recuperou parte das perdas da semana na sexta-feira, 11, em parte por conta de bons ventos vindos da China. O país asiático anunciou uma flexibilização significativa de sua política de “Covid Zero”, que tem atravancado sua atividade econômica. O minério de ferro e, consequentemente, mineradoras como a Vale foram grandes beneficiados pelo anúncio, com esta última tendo alta de mais de 10% em suas ações no dia.

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Para ficar no radar dos investidores na semana que está por vir, o grupo Lide, cujo conselho é presidido pelo ex-governador de São Paulo João Doria, realiza a Brazil Conference nos próximos dias. O evento, que será em Nova York, reunirá nomes ilustres da política, da economia e do empresariado brasileiros. Dentre os painelistas, estão Henrique Meirelles e Persio Arida, que falarão sobre suas perspectivas para o país. Além disso, a PEC do Bolsa Família, até há pouco chamada de PEC da transição, deve ser finalmente apresentada após o feriado da Proclamação da República, no dia 15 de novembro.

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