O forte empurrão no mercado que vai além da eleição
VEJA Mercado: índices internacionais apontam para fortes altas em função de um indicador americano que trouxe alívio aos investidores
O índice Ibovespa disparou 5,5% e o dólar comercial afundou 4% depois de os resultados do primeiro turno das eleições brasileiras surpreenderem a Faria Lima e desenharem um “cenário dos sonhos” para os investidores, em que tanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) terão de acenar ao centro para vencer a disputa. Só que, não bastasse a eleição, um forte empurrão de origem internacional pode estender os ganhos da bolsa nesta terça-feira, 4. O pregão europeu e os futuros americanos subiram na véspera e negociam em fortes altas nesta manhã depois de a atividade industrial nos EUA crescer em ritmo menos acelerado no último mês de setembro por causa da contração de encomendas. O aumento dos juros para conter a inflação já pode ter provocado um esfriamento na demanda por bens. O PMI de manufatura caiu para 50,9 pontos no mês, a menor leitura desde maio de 2020. Este é um sinal de que a política monetária do banco central americano pode estar dando frutos, e que novas e mais incisivas altas de juros podem não ser necessárias, e por isso as bolsas sobem. “Com a divulgação do dado, abaixo do esperado, aumentaram as esperanças dos investidores de que o Fed possa moderar o seu ritmo de aumento de juros”, afirma Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa. Além disso, o banco central australiano deu uma pista desse movimento e subiu os juros locais em apenas 0,25 ponto percentual, contra expectativa de 0,5 ponto percentual.