O apelo de Lula a Trump e a mudança de rota da Venezuela nas tarifas
VEJA Mercado debate a pressão do setor privado por um acordo entre Brasil e EUA às vésperas do início da cobrança de tarifas de 50%
VEJA Mercado | 29 de julho de 2025.
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta terça-feira, 29. O presidente Lula fez um apelo ao presidente americano Donald Trump durante um evento em Brasília. Lula afirmou que quer negociar um acordo com os Estados Unidos e pediu uma reflexão a Trump. “Eu espero que o presidente dos Estados Unidos reflita a importância do Brasil e resolva fazer aquilo que no mundo civilizado a gente faz: tem divergência? Tem. Senta numa mesa, coloca a divergência de lado e vamos resolver”, pediu. O presidente falou ainda sobre o interesse dos americanos nas chamadas terras raras e disse não conhecer os minerais críticos produzidos pelo Brasil, mas que “não vai deixar outro pegar”.
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou que o Brasil segue disposto a negociar, mas que um plano de contingência está sendo elaborado. A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) alerta que as tarifas de 50% podem impactar negativamente cerca de 10 mil empresas brasileiras responsáveis por 3,2 milhões de empregos no país. O ministro Fernando Haddad afirmou a jornalistas que “há sinal de interesse” dos americanos em negociar um acordo com o Brasil.
Nos EUA, o setor privado tem pressionado Trump. A companhia aérea SkyWest, que encomendou 74 aeronaves da Embraer até 2032, criticou as tarifas, disse que não está disposta a pagar pela sobretaxa de 50% e ameaça adiar as entregas. A Venezuela voltou atrás e desistiu da cobrança de até 77% de tarifas de produtos brasileiros, afirmou o governo do estado de Roraima. Diego Gimenes entrevista Pedro Ros, presidente da Referência Capital. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.
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