Nubank, PagSeguro, Stone, Vtex. As techs brasileiras derretem em Nova York
Empresas brasileiras nas bolsas americanas estão perdendo 75% do seu valor em seis meses

Não podia ter havido mais pompa e circunstância do que o lançamento das ações do Nubank na Bolsa de Nova York, em dezembro. A fintech brasileira chegou como o maior banco digital do mundo e valendo mais do que os maiores bancões brasileiros. Durou pouco. Quem comprou o Nubank no auge, no dia pós IPO, já perdeu quase metade do que investiu. No ano, a ação despenca 20%. Mas a bem da verdade é que as ações das techs brasileiras já não desempenhavam bem nas bolsas americanas muito antes de o Nubank chegar por lá. A Stone perdeu, nos últimos seis meses, 75% do seu valor. Isso mesmo. 75%. A empresa vale hoje apenas um quarto do que valia no fim do julho do ano passado. Neste ano, a queda das ações da Stone é de 26%. Para os investidores de outra fintech, a PagSeguro, não está sendo muito diferente. As ações derreteram 63%, em seis meses. No ano, a queda é de 27%. A Vtex, uma empresa de software, também derrete 70%, em seis meses. No ano, cai 33%. E a Arco, do ramo de educação, cai 8% no ano, 27% em seis meses. A exceção em 2022 é a XP, que sobe 6% na Nasdaq. Mas, em seis meses, também cai: 26%.
Não está nada fácil a vida dos investidores que apostaram nas techs brasileiras. Mas também não está fácil quem apostou na Nasdaq, em geral. No ano, o índice cai pouco mais de 14%. Em seis meses, no entanto, a queda é de 8%, puxada especialmente pelos números de janeiro, diferentemente do que vem acontecendo com as techs brasileiras.
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