Novos prefeitos terão que lidar com mais de 3 mil lixões a céu aberto
De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (Snis), 1 593 municípios ainda possuem lixões
Os novos gestores municipais devem herdar cerca de 3 mil lixões espalhados pelo país. Isso porque muitos municípios não cumpriram os prazos para erradicação dos lixões, estipulados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, de 2010. O último foi em agosto deste ano. De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Saneamento (Snis), 1 593 municípios ainda possuem lixões. Alguns, mais de um.
Na avaliação de especialistas, as propostas dos novos candidatos para saneamento básico nas cidades, incluindo o fim dos lixões, são rasas e não detalham quais seriam as soluções. “O Marco Legal do Saneamento exige que os municípios cobrem pela prestação de serviço. Mas muitos gestores têm resistido a instituir a cobrança pelo custo político da medida, com receio de perder a popularidade entre eleitores”, avalia Fernando Vernalha, especialista em infraestrutura e sócio-fundador do Vernalha Pereira.
Para os novos prefeitos, o desafio será estruturar novas concessões para a prestação destes serviços, considerado por especialistas o modelo mais apropriado para possibilitar investimentos no seu aprimoramento. “Sem isso, dificilmente a agenda de erradicação dos lixões irá avançar nos próximos anos”, avalia Vernalha.