Nova Odebrecht (ou Novonor) quer um sócio para sua construtora
Companhia vai colocar a venda parte de sua principal operação, algo impensável há alguns anos

A Novonor, o nome novo da Odebrecht, está em busca de um sócio minoritário para sua operação de construção, a OEC. Sim, é a principal área da companhia e que nunca foi dividida com ninguém antes. A situação financeira está mais complicada do que se imagina, a ponto de Emílio Odebrecht abrir mão do controle total da área de construção. A venda dessa parte, contudo, ainda depende da autorização dos credores, uma vez que a Odebrecht está em recuperação judicial.
A companhia precisa encontrar uma solução para lidar com a dívida que circunda a cifra de 100 bilhões de reais. Antes da Lava Jato, seria possível levantar esses recursos sem dar nem 50% da companhia. À época, a construtora do grupo Odebrecht chegou a ser considerada a empresa mais valiosa do Brasil e colocar à venda, mesmo parte do negócio, era completamente impensável. Agora, o momento da companhia é completamente diferente.
Além da situação financeira complicada, que dificulta a obtenção de uma boa proposta, a escolha de um possível sócio para a OEC terá que ser feita a dedo. Isso porque nas outras empresas do grupo, como a Braskem e a Atvos, de açúcar e etanol, a Odebrecht tomou tombos em sequência devido aos sócios estarem pouco solidários com a situação da holding. O problema, contudo, é: qual empresa de reputação tão ilibada e índole tão solidária aceitará o desafio?
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