Natura, Boticário e Sírio-Libanês lideram ranking de responsabilidade ESG
Empresa de cosméticos e hospital subiram posições, mas Natura segue na liderança
A Natura, o Grupo Boticário e o Hospital Sírio-Libanês encabeçam a lista das empresas com maiores níveis de práticas ESG — sigla em inglês para companhias que inserem critérios sociais, ambientais e de governança corporativa em seus negócios — no Brasil em 2023, segundo novo estudo Responsabilidade ESG. O levantamento é produzido pela Merco, empresa espanhola de pesquisa e monitoramento reputacional, que vem avaliando a reputação das empresas desde 2000.
No caso da Natura, trata-se do décimo ano em que a empresa se mantém na liderança do ranking, com a pontuação máxima atribuída. Já o Grupo Boticário subiu da quinta para a segunda colocação na passagem de 2022 para 2023, enquanto o Hospital Sírio-Libanês saiu da 16ª colocação para o terceiro lugar no período. Ainda no grupo das dez empresas mais responsáveis estão Magazine Luiza, Itaú Unibanco, Nestlé, Mercado Livre, Google, Ambev e o Hospital Albert Einstein.
No fim da lista de 100 empresas estão Braskem — com pontuação mínima atribuída –, seguida por Grupo CB, Rappi, Vale, JBS, SAP, BTG Pactual, Claro, XP, Copel e Globo. Vale destacar que essas companhias aparecem à frente de outras, já que o ranking contou com análise de 423 empresas.
O ranking também traz as companhias com melhor colocação por segmento: ambiental, social e de governança. Nos três critérios, a Natura mais uma vez aparece na liderança. Entre as empresas com maior responsabilidade com o meio ambiente, o Grupo Boticário vem em segundo lugar, seguido do Itaú Unibanco. Já dentre as companhias mais responsáveis no âmbito interno, clientes e sociedade, Magazine Luiza vem em segundo lugar, seguida pelo Grupo Boticário. Finalmente, na lista de corporações mais responsáveis do ponto de vista ético e de governança, Itaú Unibanco e o Hospital Sírio-Libanês ocupam o pódio no segundo e terceiro lugares, respectivamente.
O ranking é construído a partir da avaliação de diretores do comitê de direção de empresas que faturam mais de 40 milhões de dólares. Eles devem indicar as cinco empresas mais responsáveis no Brasil, com exceção à empresa que eles próprios representam. Nessa edição, um total de 423 companhias foram analisadas. A partir das 100 melhores colocadas, um grupo vasto de votantes dão nota de zero a 100 a cada uma das companhias. Nessa etapa, são ouvidos especialistas em responsabilidade social e corporativa, analistas financeiros, jornalistas, Organizações Não-Governamentais (ONGs), sindicatos, associações de consumidores, cidadãos, entre outros. Em seguida, o estudo passa por avaliação técnica dos principais indicadores de responsabilidade das empresas, considerando inclusive a capacidade de atração e retenção de talentos de cada companhia.