“Os órgãos anticorrupção não deixaram de atuar”, diz cientista político
Prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (Podemos), foi afastado em investigação de corrupção conduzida pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 14
O programa Mercado de VEJA+ analisou ponto a ponto as medidas anunciadas pelo governo federal para mitigar o impacto do tarifaço dos EUA sobre exportadores brasileiros. Victor Furtado, Head de Alocação na W1 Capital, avalia que o pacote é proporcional ao tamanho do impacto das tarifas sobre o comércio externo, que ao final não será tão grande, ainda que seja prejudicial para alguns setores e empresas específicos. Por outro lado, há uma preocupação com o peso de mais esse gasto sobre as contas públicas.
“Todos os impactos que vão acontecer por conta das tarifas, seja no nível corporativo, seja no comércio exterior, ocorrem tanto pela injeção de dinheiro na economia em um momento que o governo já enfrenta uma dívida pública alta, quanto pela necessidade de negociar isenções da tarifa para mais produtos”, disse Furtado em entrevista ao Mercado.
O programa também discutiu as novas sanções dos Estados Unidos contra autoridades brasileiras e o afastamento do prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (Podemos), em investigação de corrupção conduzida pela Polícia Federal, nesta quinta-feira, 14. “Nas últimas décadas, o Brasil tem construído uma rede de órgãos de controle muito robusta, que envolve a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça, que tem atuado com muita autonomia para identificar práticas de mau uso de dinheiro público ou de corrupção”, diz Eduardo Grin, cientista político da FGV. Ele avalia que o afastamento do prefeito de São Bernardo é uma comprovação de que, apesar dos abusos identificados na Operação Lava Jato, esses órgãos de controle nunca deixaram de funcionar.
O programa Mercado de VEJA+ está sendo apresentado esta semana por Diogo Schelp, editor de VEJA NEGÓCIOS.
O Mercado de VEJA+ é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube e nas redes sociais, a partir das 10h.