Luiz Barsi entra na mira por recomendação de investimento
Investidores solicitam o ressarcimento de 25,7 milhões de reais em 48 horas

Maior investidor individual em Bolsa de Valores do Brasil, Luiz Barsi, e sua filha e braço direito, Louise Barsi, e a corretora Boa Vista estão na mira de uma ofensiva judicial e administrativa por perdas de clientes com ações do IRB Brasil. Investidores argumentam que perderam mais de 25 milhões de reais em função da orientação de Barsi e Louise de compra de ações do IRB Brasil. Os investidores apontam que, após captações milionárias seguidas de quedas acentuadas no preço das ações do IRB, Barsi teria se utilizado de informações privilegiadas a fim de se beneficiar com a oscilação dos preços.
“Existem fortes alegações de possíveis crimes envolvendo o sistema financeiro nacional, fraudes, manipulação de mercado, utilização indevida de informações relevantes e sigilosas, estelionato, bem como outros delitos”, diz a acusação, à qual o Radar Econômico teve acesso. Os investidores solicitam o ressarcimento de 25,7 milhões de reais em 48 horas — reservando “o direito de tomar medidas legais adicionais, se necessário, para proteger os interesses de nosso cliente”.
Barsi adquiriu 35,8 milhões ações de emissão do IRB em 2021. Atualmente, Barsi possui aproximadamente 1,5% das ações de emissão do IRB, ou 1,2 milhão de ações, número resultante do grupamento das ações. À coluna, a assessoria de Barsi afirmou que o investidor não possui responsabilidade na gestão do IRB. Segundo a assessoria, “Luiz Barsi já divulgou diversas vezes sua crença no potencial reestabelecimento da companhia, informando que manterá sua participação relevante, por acreditar ser um investimento de longo prazo, conhecido no mercado como ‘buy and hold’. O posicionamento do Sr. Barsi é público, conforme amplamente veiculado pela mídia nacional”.
“Barsi não administra carteiras de terceiros, a não ser a sua própria. Barsi não atua como assessor de investimentos. Suas manifestações refletem seu portfólio e análise e não são recomendações de investimentos”, diz a assessoria.