Justiça manda dona da Feira da Madrugada abrir contrato com São Paulo
Concessionária é acusada de elitizar shopping popular na capital paulista

Uma decisão judicial obriga a concessionária que administra o Circuito de Compras, conhecida como Feira da Madrugada, a apresentar em 30 dias documentos e informações sobre a execução do contrato que prevê a instalação de um shopping popular em São Paulo, com investimentos estimados em meio bilhão de reais. A decisão foi proferida ontem pelo juiz Hong Kou Hen, da 8ª Vara da Justiça Federal de São Paulo. A empresa, a União e o município de São Paulo são alvos de uma ação pública promovida por José Carlos da Silva, com apoio do escritório Warde Advogados. A alegação é que o famoso comércio popular estaria sendo elitizado com suspeitas de cobranças ilegais para ocupação de boxes e lojas e pagamento de luvas. A União está sendo questionada por ter cedido um imenso terreno no centro de São Paulo e não estaria fazendo fiscalização adequada das regras que ela mesmo impôs. O terreno foi objeto de uma concessão feita pelo Município de São Paulo para a concessionária Circuito de Compras. Os advogados da concessionária não quiseram comentar o caso, mas podem recorrer da decisão.
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