Juros futuros a mais de 10% podem tirar investidor da renda variável
VEJA Mercado: DI futuro dispara em meio à inflação alta e alta dos juros e pode afugentar investidores do mercado de ações

Risco fiscal, inflação e juros. Os analistas apontam esses três fatores como primordiais para os rumos da bolsa brasileira. Enquanto o primeiro sempre volta à pauta quando o governo tenta criar novos gastos, os dois últimos têm andado de mãos dadas nos últimos meses, e em direção oposta à da bolsa de valores. A taxa de DI futuro para 2031, que nada mais é do que a previsão do mercado e dos bancos para o rumo dos juros no país, fechou a 10,68% nesta quinta-feira, 2, uma alta de mais de 2%. “Enquanto essa taxa continuar abrindo, a bolsa vai continuar com pouco brilho. O investimento em renda variável perde atratividade”, diz Ubirajara Silva, gestor da Galapagos Capital. O Boletim Focus já prevê o IPCA para 7,27% e a Selic a 7,50% até o final de 2021. E subindo… Os juros futuros chegaram aos dois dígitos há mais de 20 dias e não voltaram mais para a casa de um dígito.