Itaú define plano de venda da XP com mais de 1.100% de ganho
Nova empresa que fará a gestão da participação do Itaú distribuirá ações para os investidores do banco

Itaú e XP investimentos anunciaram, nesta segunda-feira, 1º, o plano para o divórcio amigável entre as duas empresas. O Itaú vai continuar, por enquanto, com 40,52% das ações da XP. Mas essa participação será incorporada pela própria corretora. Isso acontecerá por meio da criação de uma nova empresa, a XPart, que terá as ações em nome do Itaú e que, após aprovações regulatórias, fará uma troca de papéis, absorvendo a companhia e, em contrapartida, distribuindo ações e BDRs em favor dos acionistas do Itaú. Todos estão felizes. Pelo lado da XP, porque está deixando para trás uma conflituosa relação entre fundador e um acionista que também é concorrente. Já pelo lado do Itaú, há a celebração de um belíssimo negócio.
Desde que o banco anunciou, em maio de 2017, o pagamento de 6 bilhões de reais por 49,9% de participação na corretora fundada por Guilherme Benchimol, o valor de mercado da XP disparou nada menos que 1.100%. Se naquela época a empresa valia 12 bilhões de reais, atualmente vale 133 bilhões de reais. Neste primeiro momento, como o Itaú já se desfez de cerca de 19% de sua participação na XP, o banco embolsou aproximadamente 12,5 bilhões de reais (a preços atuais). Ou seja, conseguiu dobrar o valor investido e, mais do que isso, ainda possui outros 54 bilhões de reais para receber. Os acionistas agradecem.
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