Invasão chinesa? Como setor de telefonia avalia tarifaço de Trump
Executivos do setor de tecnologia de posicionam diante de incerteza e instabilidade global

O terremoto de incertezas promovido pelo presidente americano Donald Trump colocou todos os empresários em estado de atenção. Não é diferente no setor de tecnologia. O vaivém na imposição de tarifas de importação contra países asiáticos é perigoso porque parte de produtos e matérias-primas em circulação por aqui são importados de lá. Por outro lado, alguns setores temem que as tarifas de quase 150% em vigor contra a China ainda inundem o mercado brasileiro de produtos chineses.
Diante de tanta tensão e de bruscas mudanças de cenários, os executivos evitam se movimentar. Gustavo Assunção, vice-presidente sênior da Samsung Brasil, afirmou que a empresa não tomará nenhuma decisão no calor do momento e que o tarifaço ainda não provocou nenhuma mudança nos planos da empresa no país. “Crises são cíclicas, mas a nossa formação e relação com o Brasil é de longo prazo. Questões pontuais não afetarão nossa relação com o mercado brasileiro. A Samsung não vai operar de acordo com movimentos da concorrência”, disse durante evento promovido pela empresa em Brasília.
Já Carlos Baigorri, presidente da Anatel, diz que ainda não há reflexos do tarifaço no mercado de telefonia brasileiro. Ele afirma que há uma constante procura de empresas dispostas a homologarem novos aparelhos e dispositivos no país, mas que não é possível afirmar que o tarifaço de Trump provocou um boom nesse movimento por parte dos estrangeiros. “O mercado brasileiro chama atenção do mundo inteiro e há procura cada vez maior, mas não percebemos nenhum impacto relevante nos últimos meses”, disse