O Brasil registrou, em 2024, o maior número de notícias sobre incêndios estruturais desde o início do monitoramento do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), com 2 453 ocorrências contabilizadas, um aumento de 10,4% em relação a 2023. Os dados apontam um crescimento contínuo nas ocorrências desde 2017 e destacam falhas em edificações, como problemas de manutenção, qualidade de equipamentos e ausência de sistemas de combate a incêndio. “Muitos incêndios poderiam ser evitados com a instalação de sprinklers, mas há um desinteresse dos proprietários pela proteção adequada”, afirma Marcelo Lima, consultor do ISB.

Esse cenário não é exclusivo do Brasil. A Califórnia, nos Estados Unidos, enfrenta neste momento uma série de incêndios florestais que já causaram destruição significativa e representam um alerta para a importância de sistemas de combate a incêndios, tanto urbanos quanto rurais. Embora a origem e a natureza dos incêndios sejam diferentes, os casos evidenciam a vulnerabilidade causada pela falta de prevenção e pela crescente exposição a riscos devido a mudanças climáticas, infraestrutura deficiente e negligência em medidas de segurança.

O uso de sprinklers no Brasil permanece limitado. Segundo pesquisa encomendada pelo ISB, apenas 36% das grandes empresas possuem sistemas de sprinklers, com maior adesão entre multinacionais (48%) e empresas com mais de 500 funcionários (45%).

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