Ibama cobra mudanças em Belo Monte e ministério de Lula resiste
Silveira afirmou que cerca de 10% da energia hidrelétrica produzida no país vem da usina
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Ibama, vem batendo o pé junto ao ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, sobre a mudança de regime da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. O Ibama propõe a diminuição do fluxo de água para a usina, ampliando o fluxo na Volta Grande do Xingu, que abastece diversas comunidades ribeirinhas em seus arredores.
Uma série de reuniões ocorreram nas últimas semanas entre representantes do Ibama e do ministério. Nos encontros, Silveira argumentou que as alterações propostas pelo Ibama impactariam em mais de 50% a produção de energia na usina de Belo Monte e atentaria contra a segurança energética do país.
Nessas ocasiões, pressionado pelo presidente do Ibama, Antonio de Agostinho Mendonça, Silveira afirmou que cerca de 10% da energia hidrelétrica produzida no país vem de Belo Monte. Nas reuniões, Silveira argumentou que as mudanças forçariam a contratação de usinas termelétricas — e impactariam as contas de luz Brasil afora.