Guedes observa ao longe, mas atento, as disputas pela Câmara
O ministro da Economia vem condicionando o andamento da agenda de reformas ao resultado, mas preferiu manter-se à parte das tratativas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tirou o time de campo pela eleição para a presidência da Câmara, em fevereiro. Auxiliares do ministro preferem não fazer prospecções sobre os resultados e os possíveis andamentos da agenda de reformas e privatizações. Mesmo que observantes ao longe, a participação da oposição no apoio ao candidato de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao posto, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), deixou o ministro de orelhas em pé. A avaliação é de que o andamento da agenda passa pelo pleito.
Em pé de guerra com o atual presidente da Câmara pelo protagonismo da agenda, o ministro da Economia decidiu manter-se distante das articulações. “Isso é coisa para os ministros do Planalto”, vem repetindo aos secretários. Mas Maia e Rossi não teriam afinidade com a agenda de reformas? “No papel. Na hora H, atravancam tudo”, diz um auxiliar do ministro. Mesmo com a possível eleição de Rossi, Guedes, porém, acredita na vazão de sua reforma tributária, contando com a resistência de estados e municípios à proposta desenhada por Baleia Rossi e o economista Bernard Appy.
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