Guedes lava as mãos se Congresso vetar PEC dos Precatórios
Ministro joga a responsabilidade sobre o benefício do governo aos mais pobres para a classe política
Enquanto aguardam a definição do resultado da PEC dos Precatórios no Congresso Nacional, membros do Ministério da Economia lavam as mãos quanto à solução para o Auxílio Brasil de 400 reais, sonho de consumo do presidente Jair Bolsonaro para recuperar campo para as eleições do ano que vem. O ministro Paulo Guedes vê na aprovação da proposta o ponto fulcral para a consolidação do projeto, mas emula Pôncio Pilatos quando indagado se preocupa-se com o resultado. Apesar de movimentar-se pela aprovação do texto, o ministro está tranquilo. Ao secretariado, ele admite que, caso o projeto seja rejeitado, há a possibilidade de o governo renovar o Auxílio Emergencial por mais dois meses. De resto, a responsabilidade é da classe política.
Guedes repete que a pasta deu a receita do bolo para os parlamentares e para Bolsonaro. O ministro mostrou alternativas ao presidente: ou renovava o auxílio, pago com os recursos oriundos do aumento da arrecadação; ou consolidava um Bolsa Família permanente de 300 reais; ou furava o teto de gastos para pagar o benefício de 400 reais por um ano (vale dizer, eleitoral). Aconselhado pela classe política, Bolsonaro preferiu a terceira opção.