O interesse por Fundos de Índice ou Exchange Traded Funds (ETFs, em inglês) está crescendo em todo o mundo — e o Brasil não é exceção. Gestores de ativos locais e investidores institucionais destacaram esse movimento no recente evento ETF In Depth da Bloomberg, realizado em São Paulo.

Os ativos globais em ETFs podem chegar a 35 trilhões de dólares até 2035, segundo Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg Intelligence. Ele observou que os ativos globais de ETFs cresceram 32% em 2024 — o ritmo mais rápido já registrado — e que 2025 pode marcar um novo recorde.

Esse crescimento global se reflete no Brasil. No evento, muitos gestores de portfólio relataram alocar mais de 15% de suas carteiras em fundos de índice, enquanto mais de 60% planejam lançar um ETF de renda variável ou de renda fixa no próximo ano. “Os ETFs brilham em tempos de caos, atuando como válvulas de escape de liquidez e ganhando participação de mercado em períodos de volatilidade”, disse Balchunas. “O futuro dos ETFs é promissor.”

Renato Nobile, fundador e gestor de portfólio da Buena Vista Capital, destacou a expansão: “Estamos vendo crescimento em ETFs de renda fixa, variável e internacionais, que possibilitam portfólios eficientes sem correr atrás de narrativas de curto prazo”.

Renato Eid Tucci, head de Estratégias Beta & Investimento Responsável no Itaú, apontou vantagens práticas: “Os investidores precisam de mais diversificação, ferramentas de baixo custo e agilidade operacional — é assim que os ETFs vão conquistar espaço nas carteiras”.

Danilo Gabriel, gestor de portfólio da XP Asset Management, reforçou a visão: “Os ETFs permitem diversificação e liquidez tanto para exposição doméstica quanto internacional, viabilizando alocações saudáveis independentemente do cenário”.

Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise do VEJA Mercado:

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