Gestora Valora prepara novas captações para ofertar crédito ao agronegócio
FDICs e CRAs, dois títulos voltados para o setor, consolidaram-se como alternativas para o financiamento da produção

As emissões de FIDCs (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) e de CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) se consolidam ao longo dos últimos anos como alternativa para financiar a cadeia do agronegócio. Mesmo na pandemia, os produtores buscaram a solução como forma de obter crédito para apoiar a manutenção e crescimento dos seus negócios. O especialista no setor e associado da gestora Valora Investimentos, Guilherme Grahl, destaca que os instrumentos ampliam as fontes de captação via mercado de capitais, o que antes era limitado a bancos, cooperativas de crédito, tradings e fornecedores. “O grande desafio é tornar isso palatável para o investidor em termo de risco”, comenta. Segundo ele, o setor está amadurecendo e se profissionalizando, o que também contribui para atrair pouco a pouco mais investidores. Entre os tipos de FIDCs e CRAs mais comuns, Grahl explica que estão aqueles para o financiamento da cadeia de insumos. A gestora Valora Investimentos tem hoje dois FIDCs de agro, com planos de ampliar o tamanho dos fundos e de desenvolver novos produtos. O FIDC VGI I (multicedente) financia insumos, já o FIDC Aruanã é do tipo exclusivo e com foco na cadeia de exportação de grãos. Juntos, os dois fundos somam patrimônio líquido de 130 milhões de reais. A Valora se prepara para estruturar novas captações do FIDC VGI I e do FIDC Aruanã neste ano.
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