Fiocruz diz que não tem como trazer insumos. Mandetta: e os aviões da FAB?
Diretor alerta para atrasos na vacinação porque empresas não querem voar ao Brasil; Defesa diz que não recebeu pedidos para uso de aviões
“Cadê os gênios da logística? Cadê o Itamaraty? Cadê os aviões da FAB? Cadê o governo?” Esta foi a reação do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, depois de ler as declarações do diretor da Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, que disse ao UOL que já “acendeu o alerta amarelo” para possíveis atrasos nas entregas na vacinação após negativas de empresas estrangeiras em realizar voos para o Brasil. O Radar Econômico procurou o Ministério da Saúde, a assessoria da presidência da República, o Itamaraty e o Ministério da Defesa para saber quais medidas estão sendo tomadas para evitar atrasos na entrega das vacinas contra Covid-19 que serão produzidas pela Fiocruz. A presidência disse que as demandas deveriam ser enviadas ao Ministério da Saúde, que informou pode auxiliar a Fiocruz com rapidez. O Ministério da Defesa explicou que não recebeu até agora nenhuma demanda de transporte de insumo de vacinas.
Veja nota enviada pelo Ministério da Defesa:
Desde março de 2020, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas vêm concentrando todos os seus esforços nas ações de combate ao novo coronavírus, por meio da Operação Covid-19, apoiando a população. Todas as demandas são priorizadas e atendidas, em estreita coordenação com o Ministério da Saúde e demais órgãos do governo.
Até o momento, não há qualquer demanda para o transporte de insumos para a fabricação de vacinas. No momento, as Forças Armadas atuam prioritariamente no apoio à vacinação, transporte de oxigênio e usinas de oxigênio para as localidades mais atingidas e evacuação de pacientes. Os aviões da Força Aérea Brasileira já voaram o equivalente a mais de 55 voltas ao mundo no âmbito da Operação Covid-19.
Veja nota enviada pelo Ministério da Saúde:
O Ministério da Saúde informa que pode auxiliar a Fiocruz com facilidade e rapidez, pois conta com o apoio das empresas aéreas brasileiras e do Ministério da Defesa com os aviões da FAB.
*Nota atualizada às 17h20 com a nota do Ministério da Defesa.
**Nota atualizada às 18h50 com a nota do Ministério da Saúde