Executivos apontam potencial da IA fazer a maior parte dos trabalhos
Profissionais da América Latina são mais otimistas com a tecnologia do que americanos e europeus, segundo Thomson Reuters
Enquanto os profissionais têm uma visão mais restrita sobre a aplicação de inteligência artificial (IA) no dia a dia das empresas, a pessoas em cargos de liderança sênior esperam uma adoção mais robusta dessa tecnologia. A análise é do relatório Futuro dos Profissionais 2024, da multinacional Thomson Reuters. Segundo o estudo, 45% dos executivos C-Level avalia que a IA já pode ser utilizada para produzir conteúdo consistente, com necessidade de apenas edição pelos profissionais humanos. Outros 28% dos profissionais consideram que a edição é necessária, mas o conteúdo produzido pela IA deveria apenas servir de base para o trabalho tocado pelas equipes. Metade dos executivos respondeu que utilizarão IA para produzir documentos iniciais ou básicos, mas que ainda precisarão fazer a maior parte do trabalho. A pesquisa da Thomson Reuters pesquisa contou com mais de 2.200 profissionais que trabalham nas áreas jurídica, tributária, e de risco e conformidade globalmente.
Os profissionais latino-americanos têm as perspectivas mais ambiciosas para a IA, antecipando um impacto maior e com um foco claro em novos modelos de negócios e inovação quando comparados com seus pares de outros países e continentes. Cerca de 87% dos respondentes da América Latina acredita que a inteligência artificial e a IA generativa terão um efeito significativo ou mesmo transformacional nos próximos cinco anos. Eles também veem a IA como uma força positiva (94%) — percentual que é superior ao da Europa (79%) e da América do Norte (74%). No entanto, 79% dos entrevistados latino-americanos consideram o seu ritmo de adoção da IA no ambiente de trabalho excessivamente lento, uma percentagem superior a de seus pares na América do Norte (24%) e na Europa (27%).