Eurasia: Lula ainda é favorito e bolsa pode se frustrar projetando mudança
Christopher Garman fala sobre chances de reeleição depois de analistas começarem a desenhar cenários de vitória da oposição no Brasil
Ainda falta mais de um ano para as eleições presidenciais, mas alguns analistas já escrevem em relatórios de grandes bancos cenários em que a oposição vence o pleito e volte a governar o Brasil. As ações da Petrobras seriam as que mais sentiriam os efeitos de uma eventual mudança de governo. A recente queda na popularidade do presidente Lula foi o grande propulsor desse debate, mas especialistas alertam que as coisas podem não acontecer bem assim. “Há uma expectativa no mercado, que eu chamaria até de torcida, para uma mudança de governo em 2026. Agora, me parece que essa disputa vai ser muito contestada. Eu acho prematuro achar que a oposição vai vencer as eleições”, diz Christhoper Garman, diretor-executivo para as américas da consultoria Eurasia, em entrevista ao programa VEJA Mercado.
A avaliação do especialista é que o atual índice de popularidade do presidente Lula ainda lhe garante algum favoritismo nas eleições do próximo ano. “A popularidade a caiu, mas quem tem mais de 40% de aprovação a 6 meses da eleição geralmente ganha. A base de dados mostra que o índice de ‘ganhabilidade’ é de 58% nesses casos. Com 45% de aprovação, a probabilidade é de 75%. O Lula está entre esses dois pontos. Claro que a probabilidade pode ser menor na realidade, mas o ponto é que a aprovação não caiu a um patamar que indica um sinal evidente de mudança”, completa. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo nas redes sociais e no VEJA+, a partir das 10h.