EUA respondem por até 4% das vendas das siderúrgicas brasileiras na bolsa
Companhias de capital fechado respondem pela maior parte das exportações de aço aos Estados Unidos e devem ser a mais prejudicadas por tarifa, diz Itaú

Para quem é acionista de uma das três grandes siderúrgicas brasileiras que estão listadas na B3 – Gerdau, Usinimas e CSN -, as tarifas sobre as importações de aço dos Estados Unidos prometida pelo presidente Donald Trump não devem ser um problema muito grande. Ao menos é esta a indicação da equipe de analistas do Itaú BBA. O grosso das exportações do Brasil para o país de Trump, e portanto dos reflexos da medida, está concentrado em companhias de capital fechado.
“A Gerdau é a clara beneficiária dentre as siderúrgicas da América Latina que acompanhamos”, escreveu o Itaú em relatório a clientes, mencionando a indústria gaúcha que tem filiais nos Estados Unidos. “Exportadoras que não estão listadas, como a Ternium Brasil e a ArcelorMittal, devem sofrer os maiores impactos negativos.”
As siderúrgicas de capital fechado respondem por cerca de 80% das exportações de aço do Brasil para os Estados Unidos. No caso das três companhias da bolsa, a participação das vendas para os EUA não passa de 4% das receitas totais: é de cerca de 4% para a CSN, de 3% para a Usiminas e de 1% a 2% para a Gerdau, de acordo com o Itaú BBA.