Eduardo Bolsonaro usa limpeza do Twitter para defender regulação de redes
Rede social desabilita perfis com comportamento suspeito e gera onda de reclamações entre bolsonaristas
O Twitter promoveu nesta segunda-feira uma limpeza nos perfis, desabilitando temporariamente contas com comportamentos suspeitos, e gerou uma onda de reclamações dos bolsonaristas puxadas pelo diretor do Banco Mundial e ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. Na esteira das reclamações, o deputado federal Eduardo Bolsonaro aproveitou para dizer que ele também perdeu 15 mil seguidores repentinamente, um percentual muito pequeno diante dos seus mais de dois milhões de seguidores. Mas foi pólvora suficiente para levar o deputado a defender uma regulamentação das redes sociais para as eleições de 2022.
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Sob a bandeira da liberdade de expressão, o governo Bolsonaro prepara um decreto para regular as redes sociais e impedir que elas possam apagar conteúdo sem que tenham ordens judiciais, com o claro objetivo de evitar o efeito Donald Trump das invasões do Capitólio, quando as redes baniram o ex-presidente e milhares de perfis de extrema direita por incitarem a violência.
Mas o filho 03 acrescentou um novo ingrediente ao debate. Ele falou também que o presidente precisa enviar uma medida provisória ao Congresso. Até então, o próprio Bolsonaro só tinha falado em decreto. “A lei da Polônia é um exemplo a ser seguido. Lá se uma Big Tech como twitter ou facebook retiram do ar um post que não tenha conteúdo criminoso, essa Big Tech paga multa”, disse Eduardo Bolsonaro.
O Twitter diz que faz essas limpezas periodicamente quando detecta comportamentos suspeito e pede uma confirmação de detalhes como senha e número de celular. Depois que o perfil faz a confirmação, ele volta à rede. Como aliás, observou o próprio Weintraub que falou que perdeu 10 mil seguidores e algumas horas depois que 2.500 haviam voltado.
Perdi hoje cerca de 15.000 seguidores no Twitter repentinamente.
Sem qualquer explicação para seus clientes as Big Tech fazem o que querem e o temor é que em 2022 isso piore.
Gov. Federal precisa urgentemente publicar decreto e enviar MP ao Congresso p acabar com esses abusos.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) June 14, 2021