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Economia

É ruim, mas é bom: por que balanço do Mercado Livre gerou controvérsia?

Grupo varejista tem lucro de US$ 397 bilhões no terceiro trimestre, mas ações desabam 15% no mercado internacional

Por Diego Gimenes SEGUIR SEGUINDO 7 nov 2024, 14h33

O programa tem como objetivo principal combater a evasão fiscal (Mercado Livre/Divulgação)

As ações do Mercado Livre são negociadas em forte queda de 15% na tarde desta quinta-feira, 7, na bolsa de Nasdaq. O grupo varejista publicou seu balanço do terceiro trimestre do ano e registrou um lucro de 397 milhões de dólares no período, um crescimento de 11% na base anual. O problema é que expectativa média de analistas era de um lucro de 542 milhões de dólares, segundo a LSEG. A decepção decorre principalmente do crescimento maior do que o esperado na carteira de empréstimos, impulsionado sobretudo pelos cartões de crédito — que resultou em provisões para inadimplência mais altas no trimestre.

Os analistas da Genial Investimentos classificaram os números como “dores para o crescimento”. “Esse resultado foi impactado pelo crescimento da operação de cartões de crédito e pelos investimentos em logística. Apesar da queda na margem, a empresa apresentou boas métricas operacionais, como GMV, itens vendidos, compradores únicos e melhora no NPL. Portanto, não vemos alteração na tese de investimento e mantemos uma visão otimista sobre o case”, escreveram em relatório a clientes.