Decisores não dão a devida importância à gestão de dados, diz CEO da MV
Se os cargos de liderança fossem ocupados por pessoas mais jovens, não haveria esse problema, segundo Paulo Magnus
Aqueles que ocupam os principais cargos de liderança no setor de saúde, via de regra, não dão a devida importância para soluções tecnológicas como a gestão de dados. A avaliação é de Paulo Magnus, presidente da MV, multinacional do segmento. “Na hora de comprar um tomógrafo, muitas vezes o executivo pode nem olhar o preço, mas na hora de investir no digital, minimiza e delega a outros”, diz Magnus ao Radar Econômico durante o 28º Congresso da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge).
O presidente da MV sugere que, se os cargos de liderança fossem ocupados por pessoas mais jovens, esse problema não ocorreria. “Isso ocorre principalmente por uma questão geracional”.
Apesar disso, o Brasil segue bem posicionado na área de gestão e integração de dados digitais em saúde, na avaliação do executivo. “A maioria dos países estão pelo menos 10 anos atrás do Brasil”, diz. Nesse sentido, ações tomadas pelo setor público em Belo Horizonte (MG), e no estado de Goiás são bem vistas pela MV. Quanto à capacidade transformadora do governo federal, Magnus mostra ceticismo. “Desconfio da eficiência. O governo está tentando fazer uma transformação digital já há dez anos”.