Decisão importante de Jerome Powell pode acirrar ânimos no mercado
VEJA Mercado: bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos vão discutir as políticas monetárias dos países
As bolsas asiáticas e europeias, assim como os futuros americanos e brasileiros, negociam entre perdas e ganhos e sem direção definida na manhã desta quarta-feira, 22. A “superquarta” dos juros deve marcar uma mudança importante na condução da política monetária dos EUA pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A falência de duas instituições locais e a crise que se instaurou nos mercados depois desses acontecimentos deve fazer o Fed alterar a sua postura e suavizar os aumentos de juros no país para evitar uma quebradeira no setor bancário. A ampla expectativa era por um aumento de 0,5 ponto percentual nos juros americanos. Hoje, o consenso aponta para um avanço residual, de 0,25 ponto percentual, mas não se descarta a possibilidade de não haver aumento nas taxas. A decisão será descoberta no meio da tarde, durante o pregão da bolsa.
Além dos Estados Unidos, o Banco Central do Brasil também vai discutir política monetária nesta quarta. Por aqui, as surpresas devem ser menores. O BC deve manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. Havia a expectativa de que a apresentação da nova regra fiscal do país pudesse provocar uma boa impressão na entidade, mas a apresentação do projeto só se dará após a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a China — ele será acompanhado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A manutenção das taxas a 13,75% ao ano deve elevar as tensões entre o BC e o governo federal. A decisão do Conselho de Política Monetária (Copom) será publicada no início da noite, depois do fechamento do mercado.