Crise hídrica se agrava e medidas de racionamento ganham a pauta
VEJA Mercado: olhos se voltam para decisões do governo em reunião do comitê de crise; inflação sobe acima da expectativa; commodities perderam a força
VEJA Mercado | Abertura | 25 de agosto.
Depois da alta de ontem, o cenário para o pregão de hoje não está dos mais otimistas. A crise hídrica piorou e pode trazer ainda mais efeitos para a inflação e a própria atividade econômica. O índice de confiança do consumidor caiu e a prévia da inflação com o IPCA-15 ficou acima das expectativas.
Nos últimos dias, o governo oficializou a medida para que empresas reduzam o consumo de energia em horários de pico e a Aneel deve aumentar ainda mais a bandeira tarifária para conter consumo, o que na prática são medidas de racionamento. Já o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico também avaliou que houve uma piora das condições hídricas e está propondo restrições no manejo da água da bacia do São Francisco para garantir suprimento de energia de hidrelétricas. Na tarde desta quarta-feira, os olhos se voltam para a reunião do comitê de crise que o governo chama de CREG (comitê de regras excepcionais).
O índice de confiança do confiança do consumidor, medido pela FGV, recuou em agosto pela primeira vez desde março, com os consumidores temendo desemprego, inflação e a variante delta. O IPCA-15 de agosto ficou em 0,89%, acima das expectativas do mercado que estimava em 0,83%.
As commodities, que juntas ajudaram a levantar o Ibovespa ontem, já começaram o dia menos animadas. O minério de ferro ainda sobe na Bolsa de Dalia, mas está estável na de Cingapura. O petróleo cai. O índice de commodities da Bloomberg tem a primeira baixa em três dias.