Contra a parede, diretor da Aneel é cotado para gerir contratos do pré-sal
Hélvio Guerra é pressionado a prestar esclarecimentos por dizer que Congresso é movido por lobbies
O governo federal e parlamentares aliados estão em alerta diante da audiência pública do diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Hélvio Guerra, marcada para a tarde desta quarta-feira, 21, na Câmara dos Deputados. Guerra foi chamado para se explicar sobre declarações proferidas no final de março, quando disse que o Congresso Nacional é “movido por lobbies”, palavras que ofenderam os deputados. A apreensão de governistas em relação à audiência se deve a Guerra ser apontado como o futuro diretor-presidente da Pré-Sal Petróleo (PPSA), que gere contratos bilionários de partilha de produção para a União.
Caso confirmado na posição, Guerra será responsável pela operação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva para subsidiar a indústria de gás natural por meio de swaps em contratos de óleo — prioritária para o Ministério de Minas e Energia, comandado por Alexandre Silveira (PSD-MG). A Comissão de Minas e Energia (CME) tenta ouvir o diretor desde abril, mas a sessão desta quarta-feira foi marcada de última hora em meio à desmobilização dos parlamentares no período de festas de São João.
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