Como locatários da WeWork veem processo de despejo da Rio Bravo
Wise, Rappi e Quinto Andar ocupam andares de um imóvel na Vila Madalena, em São Paulo, que é objeto de disputa
A Justiça concedeu uma liminar de despejo contra a WeWork, atendendo a uma ação movida pelo fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa. O prédio é ocupado por algumas startups grandes, como Quinto Andar, Rappi e Wise, que pagam seus respectivos aluguéis em dia a WeWork.
Em contato com a coluna, executivos dessas companhias não veem o episódio com gravidade e acreditam que a situação deve se resolver. As empresas seguem em contato diário com a WeWork.
A empresa de coworking, que ocupa o imóvel na Vila Madalena, São Paulo, está inadimplente do pagamento de 3 aluguéis. A WeWork foi notificada sobre a decisão e tem 15 dias para sanar todas as pendências financeiras. Caso contrário, a ordem de despejo coercitivo será aplicada.
Segundo Anita Scal, sócia-diretora da Rio Bravo, “sempre buscamos os melhores acordos com o objetivo de defender o nosso cotista, e, para isso, nosso time age rápido e de maneira estratégica e contundente quando ocorre qualquer problema que possa impactar os nossos FIIs”. Ela destacou que a proposta da WeWork, que incluía redução nos valores do aluguel, não foi aprovada pelo Fundo e pelos demais co-proprietários.
A inadimplência, que abrange os meses de maio, junho e julho de 2024, motivou duas ações judiciais: uma para a cobrança dos aluguéis atrasados e outra de despejo por falta de pagamento. O fundo detém 34,81% do imóvel, que tem uma taxa de ocupação de cerca de 80%.