Como a Novartis quer replicar acordo de risco compartilhado com o SUS
Farmacêutica vai compartilhar riscos com o governo e distribuir medicamento que custa R$ 7 milhões no SUS

A Novartis quer replicar o recente acordo com o Sistema única de Saúde (SUS) para distribuição do medicamento Zolgensma, indicado para o tratamento de bebês e crianças pequenas (abaixo de 2 anos) que sofrem de de atrofia muscular espinhal (AME). Cada dose do remédio custa 7 milhões de reais. “Entendemos que o custo é elevado, por isso buscamos alternativas para mitigá-lo”, diz Sylvester Feddes, CEO da Novartis no Brasil.
O modelo do negócio é por divisão de responsabilidades O governo paga 40% do valor do remédio na aplicação e o restante em parcelas ao longo de quatro anos. Se os resultados não forem satisfatórios, o pagamento pendente é suspenso. “Temos confiança que o remédio funciona muito bem”, diz Feddes.
É o primeiro acordo de risco compartilhado entre o governo e uma farmacêutica no Brasil. A Novartis, que já adotou esse expediente em cinco outros países, espera que o modelo seja compartilhado no setor. “É replicável. Queremos reimaginar a medicina e reimaginar o acesso. Esperamos que esse acordo seja inspirador para criar diálogo e acordos sustentáveis”.